Com a saída de cena do senador Wellington Dias (PT) que não conseguiu viabilizar sua estratégia em Teresina, o vácuo político até o final do mês será ocupado pelo vice-governador, Zé Filho (PMDB).
É que com a possibilidade do vice sentar na cadeira que hoje é
ocupada pelo governador Wilson Martins a partir de abril de 2014, as
articulações para as eleições de 2014 já estão a todo vapor.
Em Teresina, o PMDB tem uma pré-candidatura posta, que é a do deputado federal, Marllos Sampaio.
Como deixou para o último dia do prazo, sua convenção na capital, ou
seja, 30 de junho, o PMDB aguarda uma definição do governador Wilson
Martins para tomar rumo. Joga também com a possibilidade de lançar o
vice na chapa do pré-candidato do PSDB, Firmino Filho.
Essa estratégia esconde divergências internas do PMDB - tal qual o PT
em Teresina - que não conseguiu esconder da opinião pública - deixando
nua estratégias opostas, uma de lançar candidatura própria e a outra de
fazer uma aliança para reeleição do prefeito Elmano Férrer.
Já o PMDB piauiense passa por um processo de renovação de suas lideranças. A velha guarda liderada
por Marcelo Castro, Themístocles Filho, Kleber Eulálio e Warton Santos é
hoje convidada a ceder espaços para os novatos, Zé Filho e Marllos
Sampaio.
O problema dos caciques do Partido é saber o que de fato pensam e
farão essas duas novas lideranças. Como se comportarão nas negociações,
na campanha e, caso peguem a caneta, como se comportarão?
O senador Wellington Dias que imaginava que poderia ganhar ou
mesmo impor uma estratégia política que era viabilizar a esposa como
pré-candidata em Teresina, deu com os burros n'água. Este fato trouxe incertezas para suas estratégias em 2014.
Se no PT a base partidária em Teresina contrariou a liderança de W.
Dias, no PMDB o estilo autoritário poderá ser copiado pelos novatos e
usado para afastar das grandes decisões a velha guarda.
O PMDB joga com uma certeza quase 100% que é a possibilidade de
voltar ao karnak em 2014, através de Zé Filho. Com isto, imagina
neutralizar suas divergências internas, passar a controlar Wilson
Martins e assim comandar a sucessão governista daqui a dois anos.
As incertezas estão: na imprevisibilidade de Zé Filho e Marllos
Sampaio; no comportamento do governador Wilson Martins na sucessão de
Teresina e no restante do seu mandato, na remota possibilidade de que
este fique até o final de seu governo. Também nas composições
partidárias nacionais para as eleições presidenciais de 2014, que
influenciarão no cenário político estadual.
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